Um estudo realizado nos Estados Unidos concluiu que a jornada de trabalho é o fator de maior impacto na quantidade de sono.
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Sleep, quanto mais uma pessoa trabalha, menos horas de sono ela terá.
O tempo gasto no trânsito ou no transporte público foi descoberto como sendo o segundo maior "vilão", seguido das horas de lazer.
Os pesquisadores analisaram 50 mil voluntários nos Estados Unidos, entre os anos de 2003 e 2005.
Meia-idade
Os cientistas verificaram que os voluntários que dormiam por mais de 11 horas trabalhavam uma média de 143 minutos a menos durante a semana que os dorminhocos "médios".
Os que dormiam menos mostravam que passavam mais tempo estudando, fazendo tarefas domésticas ou saindo com os amigos.
Segundo Mathias Basner, da Universidade da Pensilvânia, e um dos coordenadores da pesquisa, o grupo que menos dorme e mais trabalha é o que tem entre 45 e 54 anos de idade.
O médico agora quer que mais estudos analisem o impacto desses resultados para a saúde.
Sem tempo livre
Especialistas em sono dizem que a pesquisa confirma as suspeitas de que o homem está perdendo suas horas de descanso.
"A tecnologia moderna não fez nada para aumentar nosso tempo livre, e o sono acaba sendo uma vítima em quantidade e qualidade", diz Jessica Alexander, da organização The Sleep Council.
"Um dia, o governo e a classe médica vai ter que dar ao sono a mesma prioridade que a alimentação balanceada e os exercícios têm nas mensagens de qualidade de vida e de saúde", afirmou.
Segundo a especialista, adultos deveriam dormir entre sete e nove horas por dia.
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