quinta-feira, 24 de maio de 2007

McDonald's quer mudar verbete McJob em dicionário



A filial britânica da rede de lanchonetes McDonald's iniciou um abaixo-assinado para mudar a definição que o dicionário Oxford da língua inglesa dá ao termo McJob (McEmprego, em tradução livre): um trabalho desestimulante e com poucas perspectivas, particularmente como aqueles criados pela indústria de serviços.

A empresa pede assinaturas de simpatizantes e clientes para pressionar os editores do dicionário mudarem a definição para “um emprego estimulante, recompensador e que oferece verdadeiras oportunidades de carreira e um aprendizado de habilidades que serão valiosas por toda a vida”.

O termo McJob – ou equivalentes em outras línguas – nunca ganhou popularidade nos países em desenvolvimento, onde muitos trabalhadores menos qualificados sobrevivem em subempregos ou na economia informal.

Já nos países industrializados, tais empregos em grandes cadeias de varejo são vistos por muita gente como uma última opção, para quem não consegue emprego mais qualificado e está disposto a realizar um trabalho mecânico e repetitivo, dentro de uma grande corporação.

Mas o McDonald's contesta esta idéia, dizendo que pesquisas internas com os funcionários revelaram que 90% deles acreditam que recebem “um treinamento valioso que vai beneficiá-los por toda a vida” e que 82% “recomendariam o trabalho na companhia para um amigo”.

Provas

O presidente do McDonald's na Grã-Bretanha, Steve Easterbrook, disse em entrevista ao programa Newsnight, da BBC, que a campanha foi iniciada a pedido dos funcionários.

“Esta definição é muito ofensiva para as 67 mil pessoas que trabalham no McDonald's na Grã-Bretanha. É hora de tomarmos uma atitude para fazer com que o dicionário Oxford de inglês a mude”, disse o executivo.

O termo McJob foi inicialmente usado nos Estados Unidos nos anos 80 e ganhou grande popularidade quando foi incluído no livro Geração X, de David Copland, publicado em 1991.

A palavra apareceu pela primeira vez na versão online do dicionário Oxford em 2001.

Via: BBCBrasil

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