sexta-feira, 20 de julho de 2007

Inseto robótico levanta vôo pela primeira vez


Um inseto robótico de tamanho natural conseguiu voar pela primeira vez na Universidade de Harvard. Pesando apenas 60 miligramas, com uma extensão de asas de três centímetros, os pequenos movimentos do robô são baseados em um vôo real. Enquanto muito trabalho ainda falta ser feito no inseto mecânico, os pesquisadores afirmam que máquinas tão pequenas capazes de voar poderiam ser utilizadas como espiãs, para detectar químicos perigosos.

“A natureza faz os melhores voadores do mundo”, afirma Robert Wood, líder do projeto e professor na universidade. A Agência de Pesquisas Avançadas em Pesquisa de Projetos dos EUA está financiando a pesquisa, com esperança de poder utilizar os robôs como equipamentos de segurança em campos de batalha ou ambientes urbanos –- seu pequeno tamanho e capacidade de voar são fundamentais para essas missões.

De acordo com o site da publicação “Technology Review”, recriar eficientemente os movimentos de vôo em um robô do tamanho de um inseto foi difícil, porque os processos de fabricação já existentes para robôs não puderam ser aplicados –- o tamanho de seus equipamentos não torna possível a construção na escala necessária, nem mesmo com uma diminuição.

Por isso, foi necessário criar um novo processo de fabricação de componentes, o que exigiu tempo e dinheiro. A equipe, em conjunto com a Universidade de Berkeley, na Califórnia, criou seu próprio processo utilizando máquinas de laser muito pequenas para cortar finas folhas de fibra de carbono, assim como folhas de polímeros. Ao arranjá-las de forma cuidadosa, foi possível criar as partes funcionais do robô.

Pioneiro



Encaixando as pequenas peças, os pesquisadores puderam criar partes capazes de se curvar ou rodar de forma precisa conforme a necessidade.

Depois de mais de sete anos de trabalho estudando as dinâmicas de vôo e melhorando diversas partes, o vôo finalmente pôde ser feito. Outros pesquisadores já criaram robôs que imitam insetos, mas esse é o primeiro com duas asas, construído em uma escala tão pequena e capaz de levantar vôo utilizando os mesmos movimentos reais.

Por enquanto, o vôo é limitado por uma faixa que limita os movimentos para frente e para cima. Os pesquisadores estão atualmente trabalhando em um controle de vôo que permita que o robô tome direções diferentes. Além disso, eles também pretendem dar uma fonte de energia própria ao robô, hoje operado com energia externa.

Pequenos sensores também precisam ser integrados -– sensores químicos, por exemplo, poderiam detectar substâncias tóxicas em áreas suspeitas, para que as pessoas pudessem entrar depois com o equipamento de segurança necessário. Wood e seus colegas também trabalham para que o robô seja capaz de desviar de obstáculos.

Via: G1

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