Os computadores, chamados XO, serão vendidos aos governos desses países, que deverão cedê-los a alunos para ser usados em iniciativas educacionais. As máquinas devem começar a ser distribuídas em massa às crianças em outubro deste ano.
“Ainda temos que criar alguns programas, mas este é um grande passo para nós”, disse à BBC Walter Bender, diretor de desenvolvimento de softwares da OLPC.
A organização – que havia dito anteriormente que o projeto só seria viável se pelo menos três milhões de notebooks fossem encomendados –, não revelou quais países compraram os primeiros computadores.
A demanda mundial de XOs nos primeiros 12 meses de operação do projeto é estimada em 25 mil a 50 mil computadores, segundo informações do site da OLPC.
Críticas
Atualmente, os XOs têm um custo de US$ 176 (cerca de R$ 334), embora o objetivo final da organização seja vender os computadores aos governos por US$ 100 (R$ 190).
Lançado em 2002 pelo fundador do Laboratório de Mídias do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Nicholas Negroponte, o OLPC recebeu muitas críticas desde então.
O fundador da Microsoft, Bill Gates, apontou problemas no design do computador, em especial a falta de um disco rígido e a tela “minúscula”.
Outros críticos questionaram a utilidade de laptops em países com necessidades mais urgentes – como melhor saneamento básico, distribuição de água e assistência de saúde.
A resposta de Negroponte às críticas é que “trata-se de um projeto educacional, não de laptops”.
Essa visão foi compartilhada pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, que disse em 2005 que o XO é uma “expressão de solidariedade global” que iria “abrir novas frentes” na educação infantil.
Brasil
O Brasil é um dos países que participam da iniciativa.
Em dezembro, universidades e outras organizações do país receberam do Ministério da Educação 60 unidades do laptop para testes, e desde então foram iniciados trabalhos para a introdução do XO em escolas de São Paulo e Porto Alegre.
No país, o projeto foi batizado de Um Computador por Aluno.
Os computadores serão produzidos em Taiwan, mas em novembro do ano passado Negroponte anunciou que os servidores que serão usados mundialmente no projeto ficarão no Brasil.
Argentina, China, Egito, Índia, Nigéria e Tailândia também se dizem comprometidos com o projeto.
Via: BBC
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