sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Homem condenado por estupro 'culpa picada de aranha'


Um homem que alegou ter estuprado uma mulher porque estaria sob os efeitos do veneno de uma aranha foi condenado a seis anos de prisão na Austrália.

Philip Ronald Spiers admitiu ao tribunal sentir remorso pelo que fez e contou que 12 dias antes de cometer o estupro havia sido picado por uma aranha. Ele disse ter procurado o hospital sentindo fortes dores de cabeça e sensibilidade à luz e afirmou que dias depois foi diagnosticado com meningite viral.

Ele alegou ao juiz que o veneno da aranha havia provocado uma reação que o levou a cometer o estupro, mas o juiz Peter Berman não acreditou nas explicações.

Segundo reportagem do jornal Sydney Morning Herald, Spiers - que tinha 31 anos quando o crime ocorreu, em 1997 - ficou esperando do lado de fora de um supermercado na cidade de Maitland até que a vítima, que trabalhava como caixa, saísse do trabalho.

Assim que ela deixou o supermercado, Spiers a ameaçou com uma faca, a jogou dentro de seu carro e dirigiu até um local afastado, onde cometeu o estupro.

Em seguida, ele lavou a vítima com um álcool utilizado para fins industriais para apagar vestígios que pudessem identificá-lo como autor do crime.

Spiers deixou a mulher na mala do carro e ligou para a família dela duas horas mais tarde para que fosse buscá-la.

Ele só foi denunciado pelo crime em 2005, depois de ter se recusado a participar de um anúncio na televisão para a empresa onde trabalhava e de ter confidenciado a uma amiga que havia feito "uma coisa há muito tempo da qual se envergonhava" e de dizer que "não gostaria de ser reconhecido".

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