quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

'Tapete voador' pode virar realidade, diz estudo


Cientistas americanos da Universidade de Harvard dizem acreditar que, pelo menos em teoria, um tapete poderia se erguer do chão e voar por uma curta distância, a exemplo dos tapetes voadores das histórias de Mil e Uma Noites.

Em um artigo publicado na revista científica Physical Review of Letters, a equipe de especialistas diz ter constatado que uma folha de papel do tamanho de uma cédula de dinheiro pode se manter flutuando no ar se for mantida em movimento de vibração ondulatória de cerca de 10 vezes por segundo.

Segundo os cientistas, este mesmo princípio, semelhante ao que rege o movimento sobre as águas de animais marinhos que conseguem se manter sobre a água por alguns segundos, como arraias, poderia ser aplicado a um tapete.

Esse "tapete voador", entretanto, não poderia transportar pessoas, por causa do impacto das vibrações. Para os pesquisadores, o "tapete voador" é possível, mas "as leis do equilíbrio sugerem que (este tapete) vai permanecer na esfera mágica, mítica e virtual".

Flutuação

O processo de flutuação do objeto é criado a partir de um movimento ondulatório que cria uma pressão contra uma superfície horizontal, como o chão, por exemplo. A pressão criada no vácuo entre o objeto e o chão equilibraria o peso e faria o "tapete" flutuar.

O movimento também faria o objeto se mover para frente, pois provocaria uma inclinação suave em uma de suas extremidades.

Para Lakshminarayanan Mahadevan, que liderou o estudo, uma versão maior do "tapete", capaz de carregar pessoas, poderia ser produzida com materiais ultra-leves.

No entanto, Mahadevan ressalta que, para se mover, o objeto teria que vibrar muito, o que tornaria o "vôo" pouco confortável.

"Para um vôo mais suave, é possível criar várias ondas pequenas ao longo do objeto, mas a velocidade seria baixa", explica.

Ele espera que o estudo estimule outros pesquisadores a criarem o "tapete voador", para "realizar o sonho das pessoas e transformar o virtual em realidade", conclui.

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