O indiano C.K. Prahalad, professor da Universidade de Michigan, lidera a lista dos 50 "gurus" do gerenciamento mais influentes do mundo, segundo a pesquisa bienal The Thinkers 50.Em segundo lugar está o fundador da Microsoft, Bill Gates, e o terceiro ficou com o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Alan Greenspan.
A lista deste ano traz mais novas estrelas, como o ex-vice-presidente americano Al Gore, ganhador do Oscar de 2007 com o documentário Uma Verdade Inconveniente, que ocupa o 41º lugar.
O milionário Donald Trump, apresentador da versão americana de O Aprendiz, também entrou na lista, ocupando o 20º posto.
A lista The Thinkers 50 é organizada desde 2001 pela organização Suntop Media e foi divulgada em Londres.
Primeiro indiano
Prahalad é o primeiro indiano a conquistar o topo da lista The Thinkers 50 e estava em terceiro lugar na lista anterior, de 2005.
Prahalad ficou conhecido nos anos 90 por seu trabalho com outro guru empresarial que fez parte do ranking, Gary Hamel.
Agora, Prahalad voltou sua atenção para os países mais pobres do mundo.
Em seu livro de 2004, The Fortune at the Bottom of the Pyramid (A Fortuna na Base da Pirâmide, em tradução livre) , o professor argumenta que o próprio capitalismo pode ser o motor para acabar com a pobreza.
Segundo o professor, as comunidades mais pobres do mundo podem ser um mercado potencial para as grandes companhias no valor de até US$ 13 trilhões por ano.
"Se pararmos de pensar sobre os pobres como vítimas ou como um fardo e começarmos a reconhecê-los como empreendedores criativos, um novo mundo de oportunidades será aberto", disse.
"Não são muitos os gerenciadores que conseguem, depois de importantes idéias iniciais, lançar uma idéia revolucionária para o futuro", afirmaram em uma declaração Stuart Crainer e Des Dearlove, da Suntop Media, segundo o jornal The Times of India.
"Isto é o que C.K. Prahalad conseguiu fazer. Seu trabalho com Gary Hamel lançou a pauta estratégica dos anos 90. Agora, com (o livro) A Fortuna na Base da Pirâmide, ele estabeleceu a pauta social, empresarial e econômica de nossos tempos", acrescentaram.
FilantropiaNo segundo lugar desde a lista publicada em 2005 está o fundador da Microsoft Bill Gates, outro homem que "quer mudar o mundo", segundo a The Thinkers 50.
Gates já foi "difamado" por muitos puristas do setor de tecnologia mas, segundo os organizadores da lista, "sua estatura como pioneiro da tecnologia foi aprimorada por seu trabalho filantrópico", e destacam os bilhões de dólares em investimentos feitos por Gates para ajudar na erradicação da malária e promover a educação em países em desenvolvimento.
"Bill Gates não é um guru empresarial no mesmo sentido que os outros. Ele não faz discursos, exceto para seus próprios funcionários. Ele não afirma que o que funciona (ou funcionou) para a Microsoft pode ser um sucesso em outros lugares. Mas seu próprio sucesso significa, inevitavelmente, que o que ele faz na Microsoft pode ser estudado e imitado por outros", segundo declaração da The Thinkers 50.